A AAUL realizou, durante os meses de janeiro e fevereiro, um inquérito anónimo no âmbito de estudar os impactos da pandemia da Covid-19 sobre as dificuldades financeiras dos estudantes da Universidade de Lisboa, tendo obtido 122 respostas às 22 questões do inquérito, por parte de estudantes de diversas escolas da nossa Universidade.
Foto Rafael Marchante
Questões como “Sentes dificuldades financeiras no dia-a-dia?”, “Tens que trabalhar para frequentar o ensino superior?”, ou “Alguma vez deixaste propinas em atraso por dificuldade em pagar no prazo estipulado?”, foram algumas das que foram respondidas e analisadas com auxílio gráfico no inquérito que foi enviado posteriormente ao Reitor da Universidade de Lisboa, António Cruz Serra.
A maioria das respostas a este inquérito são provenientes de estudantes de quatro Unidades Orgânicas, por ordem decrescente, Instituto de Geografia e Ordenamento do Território, Faculdade de Direito, Faculdade de Medicina Dentária e Faculdade de Letras.
Alguns resultados relevantes deste inquérito são, por exemplo, o facto de cerca de 47% dos inquiridos revelar que sente “dificuldades de gestão financeira no dia-a-dia”, e que destes, 60% admite que já ponderou “abandonar a frequência do ensino superior” devido às mesmas dificuldades financeiras. 63% dos inquiridos concluem ainda que a propina é das áreas em que sentem mais dificuldades financeiras.
É de notar também que 33% dos estudantes que participaram do inquérito admitem ter que trabalhar para frequentar o ensino superior, sendo que destes trabalhadores-estudantes, cerca de 13% afirmam trabalhar a tempo inteiro.
Para quem quiser consultar na íntegra o Relatório Dificuldades Financeiras dos Estudantes da Universidade e Lisboa, poderá fazê-lo aqui.
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